Aplicações de altas velocidades
Durante as visitas que os nossos técnicos fazem com frequência a unidades de produção, são muitas vezes questionados sobre a temperatura a que os rolamentos devem operar. Inevitavelmente, os rolamentos que parecem estar a funcionar a temperaturas mais altas são os que giram a altas rotações. Um claro exemplo são os ventiladores suspensos. Estes ventiladores são frequentemente acionados por uma correia numa proporção de 1:1 a partir de um motor elétrico grande com uma rotação média de 1.750 rotações por minuto (rpm). Se não houver qualquer redução ou aumento do tamanho da polia, pode seguramente afirmar-se que a rotação dos rolamentos é bastante semelhante. Estes rolamentos são frequentemente lubrificados com um produto que é muito espesso para eles, levando à geração de calor excessivo e reduzindo a duração do rolamento. Ao fazer coincidir as propriedades do lubrificante com as necessidades dos rolamentos, poderá ajudar a prolongar a vida útil do rolamento.
Enquanto este exemplo ilustra uma imagem de um tipo de máquina que se encontra em muitas fábricas (ventiladores), também é comum encontrar aplicações de alta velocidade noutros componentes. Por exemplo, algumas bombas que estão diretamente ligadas a um motor e têm rolamentos lubrificados com massa lubrificante, podem girar a mais de 2000 rpm.
O mesmo acontece para determinados misturadores, agitadores e sopradores. Estes componentes podem ser danificados se uma massa lubrificante multiusos for simplesmente aplicada sem ter em conta as necessidades do rolamento.
Para compreender do que o rolamento necessita em termos de lubrificação, primeiro é necessário aprender a determinar o fator de velocidade de um rolamento.
Calcular o fator de velocidade
O fator de velocidade é um termo que ajuda a definir a relação entre a velocidade à qual um rolamento gira e o tamanho do rolamento. Existem duas formas principais para calcular este fator. A primeira é conhecida como o valor DN, que usa o diâmetro interno do rolamento multiplicado pela velocidade à qual este gira. O segundo método é conhecido como o valor NDm. Este utiliza o tamanho médio do rolamento, também conhecido como diâmetro de passo, e a velocidade de rotação para calcular o fator de velocidade.
O fator de velocidade pode ajudar a determinar uma variedade de propriedades que o lubrificante deve ter para fazer uma escolha correta. Entre estas propriedades encontram-se a viscosidade do óleo e a consistência ou grau NLGI do lubrificante.
Viscosidade
A maioria das massas lubrificantes para uso geral (multiusos) tem uma viscosidade de óleo base de aproximadamente 220 centistokes.